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Programa Qualifica Cidadão é lançado na Câmara Municipal

Programa Qualifica Cidadão é lançado na Câmara Municipal

Mais de 200 pessoas já estão inscritas no programa, que vai preparar o munícipe para gerar renda ou ingressar no mercado de trabalho

“Qualificar cada vez mais o ser humano para que tenha capacidade de trabalho e geração de renda, salários melhores e mais qualidade de vida. Nosso sonho é ver vocês e seus filhos trabalhando em grandes empresas que existem aqui na nossa cidade.” Com estas palavras, dirigidas aos cerca de 170 bolsistas presentes, o prefeito de Hortolândia, Antonio Meira, lançou, nesta quarta-feira (13/03), o “Qualifica Cidadão -- Programa Emergencial de Impacto Social e Auxílio Desemprego”, promovido pela Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social.

Substituto do “Frente de Trabalho”, o programa visa oferecer oportunidade de qualificação profissional e geração de renda a munícipes em estado de vulnerabilidade social, principalmente os desempregados. A cerimônia de lançamento aconteceu no plenário da Câmara Municipal, no Parque Gabriel, e reuniu, além dos inscritos, vereadores, diretores e secretários municipais.

Bolsa-auxílio

O programa pode beneficiar até 400 pessoas, por meio da concessão de bolsa auxílio-desemprego mensal no valor de R$ 510, mais cesta básica social e auxílio-deslocamento para quem for encaminhado a local de aprendizado, conhecido como “estação de vivência”, distante mais de 5km de sua residência. O público-alvo do Qualifica Cidadão são pessoas que moram em Hortolândia há pelo menos doze meses, têm mais de 18 anos de idade, estão desempregadas e não possuem nenhum tipo de renda.

Entre 15 e 28 de fevereiro, mais de 600 interessados procuraram um dos quatro CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) existentes no município e se inscreveram. Destes, cerca de 250 já estão matriculados, a maioria mulheres acima de 18 anos desempregadas e em estado de vulnerabilidade social, revela a secretária de Inclusão, Rosana Nascimento.

No discurso de lançamento, além de apresentar o “Qualifica” como um “programa de excelência, que não existe na Região Metropolitana de Campinas”, Rosana disse aos presentes que a essência dele é oferecer aos inscritos oportunidade de qualificação profissional. “Não é um trabalho, nem um serviço, nem um emprego. É uma bolsa para estudo”, afirmou. “E as estações de vivência, onde as atividades são realizadas, são os locais onde vocês vão se aprimorar.”

Ambientação

Desde o início de março, os inscritos cumprem rotina semanal que inclui 6h de ambientação e 24h de atividades em estações de vivência. Nesta fase inicial, eles tomam contato com o conteúdo da lei que regulamenta o programa, aprendem quais são os direitos e os deveres do bolsista e como funcionam as atividades laborais nas estações de vivência.

Nos 50 primeiros dias de vigência do programa, a secretaria também verifica o perfil de cada inscrito para efetivar a triagem, se será direcionado a formações voltadas à geração de renda (por meio de oficinas manuais de artesanato e alimentação) ou à qualificação para o trabalho (em módulos de administração, informática, logística, finanças, gestão de negócios e comércio e serviços). A previsão é que as oficinas comecem a partir de 19 de abril.

“É o momento de traçar o perfil de cada cidadão para que ele seja incluso em um dos nossos dois eixos de formação para que não tenha dificuldade de, no futuro, ingressar no mercado de trabalho”, afirma Rosana Nascimento. 

A secretária apontou como diferencial do programa o fato de os bolsistas fazerem a vivência em local próximo à comunidade onde moram, seja em associação de bairro, escola, ONG (Organização Não Governamental) ou outra instituição parceira da Prefeitura.

Avaliação mensal de desempenho

A bolsa tem duração de 12 meses. Cada bolsista deve cumprir carga horária de 6h/dia, de segunda a sexta-feira, sendo que um dia é destinado a atividades teóricas de formação. Mensalmente, os beneficiários serão submetidos a avaliação de desempenho feita pela pedagoga responsável pelo programa e pelos gestores responsáveis pelo local onde as atividades estão sendo desempenhadas.

 Em contrapartida à qualificação oferecida pela Prefeitura, o bolsista deve prestar serviços à comunidade em atividades de preservação do meio ambiente, em entidades sociais, ONGs (Organizações Não-Governamentais) parceiras e outras esferas do serviço público. De acordo com Rosana, a Secretaria pretende colocar o bolsista em estações de vivência associadas à formação teórica pretendida.

“Cada um de vocês tem um sonho, uma vontade de crescer. Não deixe este objetivo morrer”, sugeriu Rosana. “Mostre que você pode fazer melhor. Quem não participar da formação está fora do programa. Este programa não é assistencialista, mas uma oportunidade. Nós damos a vara e ensinamos a pescar, mas quem vai pescar são vocês”, afirmou.

Opinião dos bolsistas 

Cada bolsista inscrito que foi à cerimônia ganhou uma sacola reutilizável com o nome do programa, agenda, caneta e camiseta a ser usada nos dias de qualificação.

A ex-ajudante de produção Janaína Helena dos Santos, de 30 anos, desempregada há três, soube da oportunidade buscando informação no CRAS Rosolen. Agora que se inscreveu no programa, está esperançosa. “Espero que o programa nos ajude, com os cursos, a ingressar em algum trabalho. Enquanto estamos aqui aprendendo, vamos buscando uma colocação nas empresas”, revela.

Orlando Antônio Gonçalves, de 57 anos, que trabalhava como monitor de alunos, está desempregado há aproximadamente 3 meses. Ficou sabendo do programa no site da Prefeitura. “Quero fazer os cursos de gestão de negócios, ou de logística e ter noções de informática”, comenta, empolgado.

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