Teste rápido é a melhor maneira para fazer o diagnóstico precoce contra as hepatites virais
Este mês é o “Julho Amarelo” de prevenção e conscientização contra as hepatites virais. Estas doenças são chamadas “silenciosas”. Uma pessoa pode estar infectada sem saber, pois os sintomas podem demorar anos para aparecer. Quando surgem, é sinal que a doença já pode estar em um estágio avançado. Assim, a melhor maneira para se prevenir contra as hepatites virais é com o teste rápido. A Prefeitura de Hortolândia oferece o teste nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e no CEI (Centro Especializado em Infectologia), antigo Amdah (Ambulatório Municipal de DSTs/Aids de Hortolândia), localizado na avenida Thereza Ana Cecon Breda, 1.115, Vila São Pedro. O CEI é a unidade de referência no município para acompanhamento e tratamento de pacientes com hepatites virais e ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como o HIV. O órgão, vinculado à Secretaria de Saúde, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Os telefones de contato são (19) 3897-3653 e (19) 3897-5034, ou ainda via WhatApp pelo número (19) 98440-5103, que recebe apenas mensagens de texto.
Neste ano, em virtude da pandemia do coronavírus, o município não fará ações da campanha “Julho Amarelo” para evitar aglomerações. Vale lembrar que o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é no dia 28 deste mês. Apesar disso, a Prefeitura reforça para a população a importância de fazer o teste rápido para detectar a doença, e assim fazer o diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura. Não é necessário fazer agendamento para o teste rápido nas UBSs e no CEI.
A coordenadora do CEI, Sandra Duarte, explica que o teste rápido consiste na coleta de uma amostra de sangue por punção digital com uma lanceta. O resultado sai em cerca de 10 minutos. Neste ano, de acordo com a coordenadora, o munícipio realizou 2.864 testes rápidos de Hepatite B, dos quais três deram resultado positivo para a doença, e 2.870 testes para Hepatite C, dos quais 11 deram resultado positivo para a doença.
De acordo com Sandra Duarte, existem cinco tipos de hepatites virais (A, B, C, D e E) que são provocadas por diferentes vírus. As Hepatites A e B podem ser prevenidas por meio de vacinação. Existe cura para a Hepatite C e tratamento para a Hepatite B. Até o momento, não há vacina para a Hepatite C. A Prefeitura oferece as vacinas para as hepatites A e B nas UBSs do município.
As hepatites virais são transmitidas pelo contato com sangue e outros líquidos ou secreções corporais contaminadas. Por isso, a coordenadora Sandra Duarte ressalta que dentre as medidas de prevenção contra as hepatites virais que as pessoas devem adotar são evitar o contato com sangue infectado, não compartilhar objetos cortantes e perfurantes, como, por exemplo, alicate de unha, e usar sempre preservativo nas relações sexuais.
A coordenadora ainda salienta que as pessoas devem estar atentar nos casos de fazer tatuagem, colocar piercing e manicure. Esses serviços devem ser realizados somente com o uso de materiais descartáveis e instrumentos adequadamente esterilizados. “No caso de serviço de manicure, uma boa medida de segurança é a pessoa levar os próprios instrumentos”, alerta a coordenadora.
Sandra Duarte reforça sobre o caráter “silencioso” das hepatites virais e o fato de que as pessoas podem passar anos sem saber que estão infectadas, pois os sintomas não aparecem. O surgimento dos sintomas, segundo a coordenadora, podem indicar que a doença já está em um estágio avançado. Os sintomas mais comuns das hepatites virais são febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo/náuseas, vômitos, perda de apetite, urina com cor escura, icterícia (olhos e pele amarelados) e fezes esbranquiçadas.
“Por isso é importante que as pessoas façam o teste rápido, pelo menos uma vez por ano. O quanto antes a pessoa fizer a detecção e o diagnóstico da doença, aumentam as chances de cura”, reforça Sandra Duarte. A coordenadora ainda ressalta que o teste rápido é importante principalmente para pessoas com mais de 40 anos, que têm tatuagem ou piercing, portadores de diabetes, transplantados ou com doença renal crônica.
Em Hortolândia, os pacientes de hepatites virais recebem tratamento e acompanhamento no CEI. Atualmente, o órgão faz o acompanhamento de 206 pacientes, dos quais 81 de hepatite B e 125 de hepatite C.