Hortolândia tem índice considerado médio sobre quantidade de criadouros de Aedes aegypti
Hortolândia registra o Índice de Breteau de 3,9. Este é o resultado da ADL (Análise de Densidade Larvária) que a Prefeitura realizou neste mês. O índice, que contabiliza a quantidade de criadouros do mosquito Aedes aegypti encontrados na cidade, é considerado médio. O índice é dividido em três escalas: de 0 a 1 é considerado um nível baixo; de 1 a 4, médio; e resultados superiores a 4, alto.
A ADL consiste em visitas a residências em todas as regiões da cidade. É feito o sorteio de 10 imóveis a serem visitados em cada quarteirão. Os agentes da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, entram nas casas para investigar locais onde há larvas do Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika. A quantidade de larvas é contabilizada e transformada em índice, conhecido como Índice de Breteau. De acordo com a UVZ, foram visitados 1.661 imóveis no município. A ADL é feita três vezes ao ano: em janeiro, julho e outubro.
O veterinário da UVZ, Evandro Alves Cardoso explica que a importância de realizar a ADL e medir a quantidade de criadouros pelo índice é a possibilidade de prever se, nos próximos meses, o nível de infestação do mosquito estará elevado, o que colabora para o município traçar estratégias de prevenção e combate ao inseto.
O índice registrado neste mês é maior do que foi registrado no mesmo mês de 2020. “Já era esperado um índice alto em janeiro por causa do período de chuvas”, explica o veterinário. As chuvas e as altas temperaturas, que caracterizam esta época do ano, são condições propícias para o Aedes aegypti se reproduzir. O índice medido em janeiro do ano passado no município foi de 3,2.
Durante a ADL, os agentes da UVZ encontraram nas casas muitos criadouros do mosquito em pratos de plantas e objetos acumulados, tais como pneus velhos e garrafas PET. “A orientação é para que os moradores retirem os pratos, façam furos na parte de baixo para evitar o acúmulo de água ou coloquem areia no prato até a borda”, ressalta Cardoso.
O veterinário destaca que a população deve fazer sua parte e colaborar com a Prefeitura na prevenção e no combate ao Aedes aegypti. Para evitar a proliferação do mosquito em suas casas, os moradores podem fazer tarefas simples, tais como fazer a limpeza dos quintais e das áreas externas, manter tampados tonéis, barris e caixas d´água, colocar telas em ralos e mantê-los limpos, deixar garrafas com a boca virada para baixo. De acordo com a Secretaria de Saúde, 80% dos focos de Dengue estão nas casas. “Também orientamos a população para que evitem o acúmulo de objetos que possam servir de criadouro para o mosquito. Se cada pessoa fizer sua parte ajudará a reduzir o índice”, salienta Cardoso.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, órgão da Secretaria de Saúde, o município registra até o momento neste ano 37 casos notificados de Dengue, dos quais um positivo.
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