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Parque Irmã Dorothy ganha estação meteorológica móvel

Parque Irmã Dorothy ganha estação meteorológica móvel

Instalado durante a Semana Ecológica 2013, centro de medições estará aberto à visita do público

 

Quem visita o Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, tem, a partir de agora, mais uma atração para conferir. É uma estação meteorológica móvel, que a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Hortolândia está usando em atividades de educação ambiental.

O equipamento foi um dos destaques da Semana Ecológica 2013, encerrada nesta sexta-feira (01/11), despertando a curiosidade dos visitantes.  Capaz de medir parâmetros como temperatura, umidade, pressão, velocidade do vento, pluviometria (intensidade da chuva), e até a força de uma enxurrada, esta é a primeira estação móvel do Brasil voltada à educação ambiental, segundo o secretário de Meio Ambiente, Aldo Aluizio Silva.

Conectada a um computador, a estação envia dados a um software que faz a leitura dos dados em tempo real. O equipamento está disponível para visitas monitoradas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A prioridade será dada às escolas de Ensino Fundamental. Professores e gestores interessados devem ligar para o telefone 3845-1149.  O Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang está localizado na Rua Antônio Manoel da Silva, 415.

Segundo Silva, a intenção é criar um centro de estudos com mais equipamentos. A estação complementa atividades educativas já realizadas no Parque, por meio de palestras, oficinas, cursos e visitas monitoradas, voltadas a temas ambientais, como reciclagem, alimentação saudável, respeito ao meio ambiente, uso racional da água e preservação de espécies em extinção.

“Além do caráter funcional da estação, que será um centro de conhecimento das questões meteorológicas da cidade, também existe a questão do aprendizado que estará disponível para a população”, destacou o secretário.

Semana mobilizou centenas de visitantes

Ao longo de quatro dias, a Semana Ecológica 2013 atraiu até o parque cerca de mil pessoas, envolvidas em atividades ambientais e culturais.  Durante o evento, os visitantes puderam participar de oficinas de artesanato que ensinam a confeccionar objetos a partir de materiais recicláveis, como flores em papel, pintura em bambonas (cilindros de papelão), brinquedos ecológicos e mosaico de pisos. 

Outra atração que movimentou o Parque Irmã Dorothy aconteceu nesta quinta-feira (31/10). Prevista para acontecer em dois horários, a apresentação teatral “Burrinho Sonhador” precisou de mais duas sessões, em razão da quantidade extra de interessados. 

Taxidermia

A abertura do evento foi na terça-feira (29/10). Após apresentação cultural do grupo “Multiplicadores da Música”, alunos do 1º ano do Ensino Médio da E.E. (Escola Estadual) Pastor Roberto Rodrigues de Azevedo assistiram a uma palestra sobre taxidermia, técnica de preservação da forma da pele dos animais, antigamente conhecida como “empalhamento”. A mesma palestra foi apresentada às 14 horas para os alunos do CCE (Centro de Convivência Educacional) Carlos Vilela. A plateia, formada por 40 crianças, de 4 a 10 anos de idade, pôde aproveitar, além da palestra, uma visita completa ao complexo.

A bióloga e palestrante Elaine Souza explicou que a taxidermia é utilizada de forma artística ou científica e que cada tipo exige diferente manuseio. A preservação artística é utilizada por pessoas comuns e museus para manter um animal de estimação em sua aparência natural mesmo depois de sua morte.

Já a taxidermia com finalidade científica não mantém a forma normal do animal, sendo utilizada apenas para estudos da pele. Apesar de muitos ainda conhecerem a técnica por seu nome antigo, a utilização da palha no processo caiu em desuso e foi substituída por moldes e produtos químicos mais sofisticados para preencher o espaço aberto pela retirada dos órgãos internos dos animais.

“A taxidermia também é utilizada por donos de bichos de estimação muito apegados aos seus companheiros, por isso, existe a preocupação em retratar o animal em sua posição natural, como se estivesse andando, correndo ou caçando. Para isso, é necessário o domínio de diversos conhecimentos, além da biologia, como a química e até as artes plásticas”, explicou Elaine. A bióloga também enfatizou a importância de criar uma consciência ambiental no público, encorajando a compra de animais legalizados e a denúncia de maus tratos.

“Conhecemos o parque todo e terminamos a visita com a palestra. Nunca tinha visto um animal desse jeito”, afirmou Luan Kleberson Santana, aluno de 10 anos. O colega Leonardo Cardoso Silva, da mesma idade, completou dizendo: “Vi um museu só uma vez, de passagem, é primeira vez que venho ao parque e já achei muito interessante.”

Em outra oficina do evento, integrantes da terceira idade participaram de uma aula de pintura em cilindros de papelão e latas de metal, conhecidas como bambonas. A estagiária do parque e professora de artesanato, Carolina Serafim de Oliveira, destacou a importância ambiental da iniciativa: “Retiramos latas de tintas e texturas da rua e transformamos em objetos úteis. Essas latas pintadas em pátina e revestidas com papel decorado podem ser utilizadas para guardar brinquedos, se transformando em belos porta-trecos”.

A aposentada Benedita Natália dos Santos, de 70 anos, comemorou o aprendizado: “Achei muito bom, melhor que ficar em casa dormindo. Gosto de vir aqui, de ir ao forró, sou muito ativa”. Isaura Augusta, também de 70 anos, foi ao Parque pela primeira vez e já quer repassar o conhecimento. “Pretendo renovar mais utensílios com a técnica que aprendi hoje, e também posso ensinar mais pessoas a fazer como eu”, declarou.

“A Semana Ecológica não é apenas para comemoração. Ela deve despertar a nossa reflexão para a questão ecológica. Se não tivermos o cuidado com o avanço da economia e o crescimento da cidade, esses fatores podem atrapalhar a sustentabilidade. Por isso, devemos nos atentar ao uso desnecessário do espaço, descarte dos resíduos, cuidar do verde, da natureza e dos animais”, declarou o secretário municipal de Meio Ambiente.

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