Professores da Ed. Infantil participam de formação sobre educação especial
Ortopedagoga belga, referência no assunto, fala sobre a necessidade da sensibilização de profissionais da Educação
Cerca de 350 professores da Educação Infantil da rede municipal de Hortolândia e mais de 30 coordenadores participam, ao longo desta semana, de uma atividade de Formação Continuada oferecida pela Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia. A formação é aplicada pela ortopedagoga belga Katrien Van Heurck, referência em educação especial. De acordo com a coordenadora da Educação Especial e Inclusão da Prefeitura, Regina Célia Almeida Dias Shigemoto, a ação traz orientações aos profissionais da rede sobre como trabalhar em sala de aula questões como coordenação motora global, fantasia, brincadeiras e cognição, de forma que alunos com deficiências sejam inseridos nas atividades e todas as crianças se beneficiem por meio de interação e socialização.
Na rede municipal de Hortolândia existem 680 alunos com deficiência; outros cerca de 130 frequentam as atividades do Cier (Centro Integrado de Educação e Reabilitação). “Nossa proposta é mudar o olhar dos nossos profissionais em relação às deficiências. Mudando o olhar, conseguimos mudar as atitudes. Todas as ações realizadas em sala de aula que beneficiem os alunos com deficiência fazem bem para todos os demais estudantes”, destaca Regina.
A vinda da palestrante para a cidade foi possível graças a uma parceria com a APM (Associação de Pais e Mestres) do Cier. Conforme explica Regina, Katrien esteve em Hortolândia entre setembro de 2018 e fevereiro deste ano, numa atividade de capacitação sobre currículo funcional natural, que trata do desenvolvimento de habilidade e competências em alunos com eficiência para que se tronem adultos mais independentes. “A ortopedagogia é uma área que não existe no Brasil. Esta profissional trabalha questões de neuropsicologia em conjunto com a pedagogia, com objetivo de garantir desenvolvimento amplo aos alunos com deficiência e demais estudantes.
“As crianças da Educação Infantil têm um desejo muito forte de interagir e de aprender. A prática de atividades inclusivas em sala de aula auxilia principalmente, as crianças com autismo, pela dificuldade que têm em comunicação e relacionamento. Por isso, a Prefeitura se preocupa em oferecer capacitação aos nossos professores, com objetivo de sensibilizá-los para um processo de inclusão positivo e tranquilo”, ressalta a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Alessandra Amora Barchini.
A proposta é que, ainda neste ano, educadores infantis, além de coordenadores e professores do Ensino Fundamental, participem de atividades com a ortopedagoga.