Projeto Hortas Educativas promoverá alimentação saudável nas escolas
Ação da Prefeitura, em parceria com o Fundo de Solidariedade, foi lançada nesta quarta-feira (20/06)
Plantar, regar, cuidar e colher para aprender a bem comer. Este é um dos objetivos do projeto “Hortas Educativas”, lançado pela Prefeitura de Hortolândia, na manhã desta quarta-feira (20/06). A iniciativa, realizada em parceria com o Funsol (Fundo Social de Solidariedade de Hortolândia), beneficiará, inicialmente cerca de 850 alunos do 1o ao 4o ano do Ensino Fundamental, em duas escolas: a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Janilde Flores Gabi do Vale, na Vila Real, e a Emef Dayla Cristina Souza de Amorim, no Jd. Santiago. A meta da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia é, posteriormente, implantar o projeto em outras unidades da rede. Nesta quinta-feira (21/06), às 13h, o projeto será lançado na Emef Dayla.
Nas hortas, os estudantes plantarão verduras e legumes, tais como alface lisa e americana, couve manteiga, rúcula, cebolinha, abobrinha, rabanete e beterraba. A cada etapa, os pequenos aprendizes receberão apoio e orientação da equipe técnica multiprofissional, formada por engenheira agrícola, nutricionista, enfermeira e educadores, todos servidores municipais das secretarias integrantes: Saúde; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação, Ciência e Tecnologia. Sementes, pás, enxadas, mangueiras, regadores, bacias, carriolas, bandeja de sementeiras, assim como outros insumos necessários à implantação das hortas, foram fornecidos pelo Funsol.
Além disso, para que os conhecimentos aprendidos sobre ecologia, nutrição e alimentação saudável cheguem à casa dos alunos e sejam partilhadas com a família e outros membros da comunidade, todos os participantes do projeto receberão material didático de apoio. São quatro cadernos impressos: um para o aluno, um para a família, um para o educador e outro para o cuidador da horta. Enquanto o do estudante funcionará como uma espécie de agenda para registro periódico das atividades nos canteiros, o da família apresentará aos pais o projeto e trará receitas saudáveis, de baixo custo, como panquecas, cuscuz de legumes e verduras e suflê de legumes.
As ações na horta se estendem por um ano, com visitas semanais ao local por parte dos alunos envolvidos no projeto. Cada turma semeará e cuidará de um pedacinho do canteiro. Na Emef Janilde, são 470 estudantes; na Emef Dayla, a ação envolverá 374, do 1o ao 4o ano.
“O projeto da Horta Educativa é muito importante, principalmente porque envolve toda a comunidade escolar. Temos que incentivar e ensinar, desde a infância, os benefícios da alimentação saudável, pois é assim que podemos prevenir a obesidade e consequências precoces da má alimentação. Os nossos alunos vão ter a oportunidade plantar, aprender sobre sementes, adubos e muito mais. Além de eles serem multiplicadores, vão ter a oportunidade de continuar as atividades em casa, com os pais e familiares”, ressaltou a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Alessandra Amora Barchini, que representou o prefeito Angelo Perugini, na cerimônia de lançamento do projeto na Emef Janilde Flores. Durante o evento, a equipe de educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sensibilizou as crianças quanto aos cuidados necessários ao meio ambiente e ao descarte correto de resíduos recicláveis na cidade. O palhaço “Natureza”, vivenciado pelo coordenador da equipe, Ricardo Zanoni, encantou os pequeninos, arrancando risadas e levando-os a reflexões.
Participação
A parceria e a colaboração dos pais são fundamentais para o êxito do projeto, na avaliação da diretora de Ensino Fundamental, Roberta M. Diniz. Segundo a coordenadora pedagógica Juliana Santos Borelli, responsável pelo projeto-piloto, as hortas educativas serão um instrumento de educação ambiental e alimentar, aplicado de forma interdisciplinar e vivenciada. Entre os objetivos específicos do projeto estão os de sensibilizar os participantes quanto à importância da boa alimentação para um crescimento saudável e criar uma atitude positiva diante da natureza e dos alimentos oriundos do ecossistema de cada região.
Para a auxiliar de limpeza Marinalva Gomes Rocha, mãe de Rihanna G. Rocha, de 8 anos, aluna do 3o. ano, a iniciativa é muito interessante. “Vai ajudar na alimentação das crianças. É muito bom. Ainda não temos horta em casa”, comenta. Pai da pequena Cecília, de 6 anos, o motoboy Luciano paulo de Carvalho acompanhava tudo com entusiasmo. “É muito legal, pois assim as crianças aprendem, têm mais conhecimento. Para ela, que não ainda não come de maneira muito saudável, pode ser uma maneira de aprender a gostar de salada”, acredita. Atenta aos colegas e às orientações da engenheira agrônoma Alynne Sant’anna, Cecília foi uma das primeiras a lançar sementes de hortaliças nas covinhas. Cuidadosa, a menina sorria ao lidar com a terra. “São três sementinhas em cada canto, separando um do outro pela medida de uma mão e dois dedos”, ensinava Alynne.
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