Jacarés fazem Prefeitura cercar lagoa do Pq. Dorothy
Para oferecer mais segurança aos frequentadores, além de afixar placas informativas, a Prefeitura começa a cercar a maior lagoa existente no Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, no Jd. Nossa Senhora de Fátima. A medida foi tomada após o surgimento de três jacarés, circulando pelo espaço, localizado na Rua Manoel Antônio da Silva, 415.
A ideia da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável é evitar que a população se aproxime da água, afastando a possibilidade de acidente, seja por ataque dos animais, seja por afogamento. A cerca, que começou a ser instalada nesta segunda-feira (23/10), terá 1,10m de altura e 360m de extensão. Formada por pontaletes de madeira, distantes cerca de 3m um do outro, terá cordas no alto e duas fileiras de arame embaixo. A previsão é que esteja concluída até o começo de novembro.
Os jacarés avistados no local, escondidos em meio à vegetação ou se banhando nas lagoas, são do tipo “Caiman crocodilus”, conhecido popularmente como jacaretinga, jacaré-tingá ou jacaré-de-óculos. Os animais têm atraído a atenção de curiosos. De cor cinza claro, quando adultos, têm o torso esbranquiçado (daí o sufixo tinga, "branco" em tupi).
Jacaretinga
Segundo o veterinário, responsável pelo Setor de Fauna da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Paulo Mancuso, a despeito de ter “crocodilus” no nome científico, a espécie é inofensiva, se não molestada. No entanto, recomenda que os seres humanos não alimentem estes animais nem interajam com eles, para evitar acidentes, bem como não alterar os hábitos da espécie.
“O jacaré-tingá, ou de-óculos, é da fauna natural de Hortolândia. Não agride as pessoas nem dentro d’água. Circula por várias áreas verdes da cidade e também da região. Pode se deslocar também trazido pelas enxurradas. Na região do Campo Grande, em Campinas, são frequentemente avistados”, explica Mancuso. De acordo com ele, machos adultos atingem, em média, dois metros de comprimento; fêmeas adultas podem chegar a um metro e meio.
A Prefeitura ainda aguarda autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para que os “visitantes” sejam removidos, em segurança, para um local de referência ambiental na própria região. Até lá, a cerca e as placas afixadas no Parque servirão para manter os frequentadores distantes dos animais. Outras placas, já existentes no local, alertam que é proibido nadar nas lagoas.
“Pedimos à população que evite agredir, maltratar ou abater os animais silvestres. Fazer isto é crime federal inafiançável”, alerta Mancuso.
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