Educadores aprovam Seminário sobre ciência e tecnologia
Evento da Prefeitura, encerrado nesta quarta-feira (21/06), promoveu o debate sobre o tema “O Mundo mudou. E a escola?”
“Instigante”, “provocativo”, “inovador”. Esta é, em síntese, a visão de quem participou do 1° Seminário de Inovação, Ciência e Tecnologia, promovido pela Prefeitura de Hortolândia. Após três dias de palestras e debates em torno do tema “O Mundo mudou. E a escola?”, o evento chegou ao fim, na última quarta-feira (21/06). Voltado a profissionais da educação de todo o município, o seminário reuniu cerca de 850 pessoas no auditório do UNASP (Centro Universitário Adventista de São Paulo), no Parque Ortolândia.
Na visão do diretor de Ciência e Tecnologia, Felipe Amaro dos Santos Neto, o resultado positivo deveu-se à sinergia dos temas propostos a cada dia com a discussão principal, sobre como fazer da tecnologia nova ferramenta para a educação, com potencial para promover qualidade de ensino e ampliar ideias no universo escolar. Cada um dos sete palestrantes contribuiu para a reflexão, seja enfocando o uso da tecnologia em sala de aula; seja abordando-a no mundo do trabalho, na educação do dia a dia, no convívio social, nos cuidados consigo mesmo, com o outro, com o espaço. “A Administração cumpriu o papel dela, de semear nos presentes esta reflexão. Muitos não sabem o que é este novo mundo, como a tecnologia está presente no mercado de trabalho e na sala de aula”, avalia Felipe.
“Estamos implantando políticas públicas para a Educação, de Tecnologia e Inovação, e o Seminário veio com a proposta de legitimar a nova estrutura da Secretaria, provocar esse olhar e proporcionar a reflexão nos nossos educadores, professores e gestores, para que eles possam levar esses aprendizados para a sala de aula. Outro ponto que destacamos foi a presença de grandes nomes da Educação, jovens inspiradores, pesquisadores e o grande comunicador Caco Barcellos. É muito importante provocar a reflexão e proporcionar a formação continuada dos nossos profissionais, com políticas consolidadas de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação”, destacou o secretário Fernando Moraes.
À espera do próximo debate
Para a pedagoga aposentada Marlene Mingoni, que compareceu ao terceiro dia de debates, o evento foi “instigador”. Após atuar por 30 anos na área como professora e também diretora de escola, nas redes municipais de Hortolândia e de Campinas, avalia que a palestra do escritor e jornalista Caco Barcellos contribuiu sobretudo para quem atua na EJA (Educação de Jovens e Adultos). “Gostei muito. Ele lança reflexões na gente. São discussões muito pertinentes para levar a quem já está no mercado de trabalho e tem outra visão da vida”, afirma.
Admiradora do trabalho do repórter, a agente técnica de gestão da Emef Jd. Amanda I (CAIC), Mara Regina Nunes Souza, sentiu-se tocada com o relato do profissional. “É muito provocativa a fala dele. Embora eu já pensasse como ele (sobre as desigualdades brasileiras), toca mais a gente, põe a gente pra pensar. Informação é sempre bem-vinda. Eu me interesso muito pelo tema do seminário e da palestra, porque contribui para a minha formação como cidadã”, avalia.
Roberta Viaro Miranda Paz, diretora da Emei Rosimar Bertão Gomes, no Jd. Minda, guarda ótima impressão tanto da palestra de Caco Barcellos, quanto da do escritor e presidente da APL (Academia Paulista de Letras) Gabriel Chalita. “Foi muito bom tratar destas inovações. Informatizar é o futuro. Trará melhorias para a escola. (O debate) ampliou nossos conhecimentos e trouxe em mim, que estou há 9 anos na gestão, a vontade de voltar para a sala de aula, ao contato direto com as crianças. Agora, já queremos saber a data das próximas (palestras)”, afirma.
“Superou minhas expectativas. Foi (um seminário) de muita qualidade, uma iniciativa muito boa a da Secretaria de debater sobre este tema”, afirma Célia Rodrigues Antonelli Soares, presidente da Tecof (Associação Tecendo e Costurando o Futuro), que atua na área de qualificação profissional na área da moda. “A escola precisa mudar para atrair o aluno. (A iniciativa) estimula o debate, leva à reflexão. É importante trazer para o professor a necessidade de atualização, de agregar a tecnologia e mudar a forma como vem fazendo em sala, a metodologia. Hortolândia só tem a ganhar por trazer esta formação aos professores. Se conseguir implementar esta nova visão, com a tecnologia em sala de aula, será referência nacional na qualidade de ensino”, aposta.
Palestrantes
No primeiro dia de debates (19/06), o tema foi “Caminhos para uma aprendizagem inovadora”. Três palestrantes se apresentaram: o Prof. Dr. José Armando Valente (Unicamp e PUC/SP), com o enfoque “Transformando as redes sociais em redes educacionais”; o empresário e voluntário Alan Dantas abordou a “Tecnologia educacional e os novos aprendizes: um novo conceito de sala de aula”; e o Prof. Dr. Gabriel Chalita falou sobre “A Tecnologia, o livro e a leitura”.
Para falar sobre o tema “Do virtual ao real: entre redes ou paredes?”, no dia 20/06, a Prefeitura convidou outros três palestrantes. A Prof.ª Ms. Carolina Difilippi (Pró Ordem e ESD) tratou dos ”Nativos digitais educando imigrantes imigrantes digitais”; Célia Regina Lara (Algar Tecnologia) falou sobre “Tecnologia no trabalho. Estamos de mentes abertas para ela?”; e Alan Morais (Colégio Pectrus) fez um desafio:“Preparando nossos alunos para desafios do futuro”.
No terceiro e último dia, 21/06, a aula magna sobre “Comunicação e tecnologia: desafios da educação na Era da Informação” foi com o escritor e jornalista Caco Barcellos (Rede Globo).
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