Programa de Tabagismo da Prefeitura celebra Dia Nacional de Combate ao Fumo
Equipe interdisciplinar atende de 40 a 50 pessoas por semana
Nesta quarta-feira (29/08), o País celebra o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Em Hortolândia, o Programa de Tabagismo da Prefeitura completa sete anos, contabilizando mais de quatro mil pessoas atendidas. Durante este tempo, aumentou de um para cinco o número de dias de atendimento aos usuários do tabaco nas unidades de saúde e até o final do ano deve subir para seis.
A exemplo do que acontece em Campinas, estima-se que, no município, há 17% de fumantes ativos e 83% de fumantes passivos. O que significa dizer que todos os habitantes, de algum modo, são usuários de tabaco, segundo Mário Becker, coordenador do programa de Tabagismo da Prefeitura de Hortolândia. Os dados foram levantados em 2002, 2008 e 2009 pela Secretaria de Saúde de Campinas e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Combate interdisciplinar
Pediatra, Becker está à frente da equipe interdisciplinar formada por psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, enfermeiros e médicos que, na rede pública, dão suporte técnico e humanístico aos que pretendem enfrentar o desafio de abandonar um hábito que, para alguns, perdura por décadas. “A grande maioria de nossos pacientes é usuário da droga há mais de vinte anos”, diz Becker, ressaltando um aspecto curioso. Antes de integrar os grupos de atendimento da Prefeitura, muitos não têm sequer consciência de que o tabaco é considerado “droga”, “tão forte em termos de dependência, que é mais pesada que a maconha, o álcool e a cocaína”.
“O tabagismo ativo é a maior causa de morte prematura prevenível no planeta. E o tabagismo passivo é a terceira”, afirma o coordenador, revelando especial preocupação com os bebês em gestação. “O fumante passivo feto não tem como escapar à contaminação. Às vezes, nasce prematuro e com baixo peso, precisando ficar internado em UTIs (unidades de terapia intensiva).” Por isso, diz ele, o tabagismo é considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença pediátrica, porque a criança fuma no útero da mãe.
Atendimento
Entre 40 e 50 pessoas por semana recebem atendimento em cinco unidades de saúde do município (confira abaixo horário e local).
A maior parte é de fumantes ativos, mas também são convidados a participar do grupo ex-usuários, maridos, mulheres, mães, filhos e, especialmente, gestantes.
Nos grupos, os usuários recebem apoio familiar e terapêutico. São acolhidos e orientados, ouvem depoimentos de quem já está conseguindo parar de fumar e os demais envolvidos vão percebendo a importância do apoio da família. Os que também decidem romper com o cigarro e estabelecem data para isso passam por avaliação individual. Assim, a equipe verifica o quão madura é esta decisão e se será necessário uso de medicamento.
Setenta por cento deles precisam de ajuda extra por um a três meses. Alguns fazem uso de pastilha por via oral, outros de adesivo na pele, ambos a base de nicotina, o que auxilia no gradual “desmame” do usuário.
Confira onde e quando acontece o atendimento do Programa de Tabagismo
Segundas-feiras, 16h45 – UBS Jardim Amanda
Terças-feiras, 8h30 – USF Jardim Santiago
Quartas-feiras, 7h30 – UBS Jardim Santa Clara
Sextas-feiras, 7h50 – UBS Jardim Amanda
Sábados, 11h – UBS Jardim Rosolen