Prefeitura investe cerca de R$ 60 milhões para combater enchentes no Centro
Com apoio da comunidade, Administração vence o desafio histórico de evitar alagamentos na região central
As obras de combate à enchente em Hortolândia avançam. A Prefeitura trabalha em ritmo acelerado para superar um desafio histórico: acabar com as inundações que todos os anos atormentam moradores e comerciantes da região central. Para isso, investe cerca de R$ 60 milhões num pacote de obras que inclui canalização do Ribeirão Jacuba, implantação de novo sistema de drenagem de água de chuva em ruas do Centro, além da construção de dois reservatórios de contenção de cheias, na região do Jardim Minda.
Quem passa pela região central acompanha o vaivém de homens e máquinas para finalizar a canalização do Ribeirão Jacuba, no trecho entre a avenida Santana e a rua Amélia Basso Breda. A Secretaria de Obras já canalizou 1.150 metros de extensão do córrego. Ao todo serão canalizados cerca de 1.200 metros do ribeirão. “Até o final deste ano, a canalização do rio estará concluída”, afirma o secretário de Obras, Marcelo Zanibon.
Para evitar que o manancial transborde, a Prefeitura alarga o córrego que terá até 23 metros de largura em alguns trechos, caso da parte que liga o ribeirão com o córrego Santa Clara, região onde está localizado o Banco Bradesco. Para canalizar o rio, a Prefeitura conta com recursos de R$ 9,2 milhões financiados pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.
Outra medida para ampliar a vazão do ribeirão é a reestruturação da ponte sobre o rio, que faz a ligação entre as ruas Argolino de Moraes, Avenida Santana e São Francisco de Assis.
A Prefeitura substituiu a passagem por uma ponte mais larga de 8,5m X 3,35 metros de altura. Antes, a ponte media somente 4,5 metros de cessão hídrica (largura), o que dificultava a passagem de água por baixo da estrutura e provocava alagamentos.
No pacote antienchente, a Prefeitura também reestrutura o sistema de drenagem de águas pluviais em 11 ruas do bairro Remanso Campineiro para evitar futuras enchentes.
Por falta de planejamento urbano no passado, o crescimento populacional e a ocupação do solo não acompanharam obras necessárias para a captação das águas de chuva no Centro.
“Sem um sistema de drenagem eficiente, as águas pluviais que caem em parte da bacia hidrográfica daquela região escoam superficialmente pelas ruas e provocam inundações. O novo sistema resolve este problema”, explicou Zanibon.
Reservatórios
A Prefeitura também constrói dois reservatórios de contenção de água, às margens do Ribeirão Jacuba, na região do bairro Carmem Cristina. Juntas, as barragens terão capacidade para armazenar 1,2 bilhão de litros d´água, quantidade suficiente para abastecer Hortolândia por 30 dias.
Pelo menos 100 homens e quarenta máquinas trabalham na escavação da primeiro lagoa, o JAC 1. Antes de iniciar a escavação dos reservatórios, a Prefeitura realizou o remanejamento do esgoto das áreas que abrigarão as barragens. As duas represas consumirão investimentos de R$ 47,5 milhões do PAC.
Os reservatórios estão projetados para suportar chuvas muito fortes, sem transbordar. A regulagem da vazão será feita com ajuda do serviço de metereologia. Em tempo seco, as comportas das barragens ficarão fechadas. No período de chuva serão abertas, conforme o volume de água.
“A construção dessas barragens será determinante reter a água e evitar novas inundações no Centro. Estamos trabalhando dia e noite para concluir a obra o mais rápido possível, resolver um problema histórico e garantir mais qualidade de vida às pessoas”, afirma o prefeito Angelo Perugini.
Além das lagoas de contenção de cheias, a Prefeitura implantará no entorno do ribeirão um parque urbanizado com ciclovias, equipamentos de ginástica, quadra esportiva, quiosques, pista de caminhada, paisagismo e área de estacionamento, intervenções que transformarão o local num cartão postal da cidade.
Vitória, após 30 anos
Há 30 anos, moradores e empresários do comércio da região central cobram do poder público medidas para acabar com as inundações no Centro. As reivindicações começaram quando Hortolândia ainda era distrito de Sumaré. Somente a partir de 2005, quando o prefeito Angelo Perugini assumiu a Prefeitura, o plano para solucionar o problema histórico foi colocado em prática.
De acordo com o presidente da Aciah (Associação Comercial e Industrial de Hortolândia), Paulo Beleboni, as reivindicações feitas há anos pelo comércio começam a virar realidade, graças à sensibilidade da atual Administração.
“Essas obras vão reescrever a história do centro comercial de Hortolândia que, todos os anos, sofre com as inundações. O comércio e a população merecem essa atenção. Só temos a agradecer e a comemorar. É uma vitória”, comentou Beleboni.